quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Chuva

Ele vem sem pedir permissão.
Fica o tempo que quer
Entra em todos os pequenos espaços que se abrem
Quando entra, lava e leva tudo o que é pra levar
Quando chega, molha a terra para o que é novo brotar
Quem consegue se render a uma chuva intensa?
Quem fica, encara e não foge, não corre?
A chuva muda o que tudo o que deve mudar
Transforma em borrado o perfeito
Amolece a rigidez e solidez das coisas
A Chuva molha, molda, traz tudo a tona
Faz o outro transparente, escorrega, cai, ri, chora
Sacia
Quero a chuva pra chorar minhas tristezas
Quero a chuva para refrescar minha alma
Quero pular nas poças, quero ver a lama
Sentir os pingos, sentir o gosto, sentir o vento
Sentir a mudança chegando
O cheiro de chuva, que coisa incomparável!
Que maravilhoso seria que como nessa chuva
Eu abrisse minha janela para Jesus entrar

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